Líder do Catar defende intervenção árabe na Síria

Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, xeique Hamad bin Khalifa al-Thani disse que Conselho de Segurança falhou

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NOVA YORK - As nações árabes deveriam intervir na Síria, diante do fracasso do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas em impedir a guerra civil no país, disse nesta terça-feira, 25, o emir do Catar, xeique Hamad bin Khalifa al-Thani. As declarações foram feitas em seu discurso à Assembleia-Geral da ONU.

 

 

"O Conselho de Segurança falhou em alcançar uma posição efetiva", disse o monarca. "Em vista disso, acho que é melhor que os próprios países árabes interfiram por dever nacional, humanitário, político e militar, e façam o que for necessário para parar o derramamento de sangue na Síria", afirmou. Potências ocidentais se opõem a uma intervenção direta contra o regime do presidente Bashar Assad, que está a salvo de qualquer ação do Conselho de Segurança por causa do poder de veto de seus aliados China e Rússia. "Já tivemos um precedente similar quando forças árabes intervieram no Líbano em meados da década de 1970 para parar confrontos internos lá, num passo que se provou efetivo e útil", acrescentou. O Catar, junto à Arábia Saudita e à Turquia, apoiam fortemente os rebeldes sírios, de maioria sunita, ao passo que o Irã, xiita, apoia Assad, pertencente à seita alauíta, derivada do islamismo xiita.

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