Líder do Hezbollah ameaça israelenses

Região da Galileia, assim como líderes militares do Estado judeu, podem ser alvo dos radicais xiitas

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BEIRUTE - O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou nesta quarta-feira, 16, "atacar" funcionários israelenses e líderes militares do país. Segundo Nasrallah, essas ações poderiam ocorrer para vingar a morte de Imad Mughnieh, um graduado membro do Hezbollah assassinado em Damasco, em 2008.

 

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Agentes israelenses são acusados pela morte de Mughnieh. Anteriormente, membros do Hezbollah já haviam ameaçado Israel por causa do assassinato de 2008. O grupo xiita é considerado pelo Estado judeu uma das maiores ameaças na região de suas fronteiras.

 

Nasrallah afirmou que a região da Galileia, situada ao norte do Estado judeu, será o alvo dos radicais. Segundo ele, a área será "tomada" pelo Hezbollah caso Israel ataque o Líbano. "Disse aos integrantes da Resistência para que estejam preparados para o dia no qual Israel entrar em uma nova guerra com o Líbano, e lhes pedirei para tomar a Galileia", disse Nasrallah em uma videoconferência transmitida pela televisão.

 

O clérigo xiita acrescentou que "Israel sabe que a Resistência é capaz de destruir suas infraestruturas" e insistiu que o Hezbollah não tem "um projeto de guerra, mas de defesa". Nasrallah ainda acrescentou que "a estabilidade no Líbano desde 2000 se deve à Resistência, que é uma garantia para conseguir a justiça, a estabilidade e a paz".

 

Nasrallah ainda citou o julgamento internacional pela morte do ex-premiê libanês Rafik Hariri, assassinado em 2005, e disse que "a justiça internacional não trouxe a paz" ao país. "A morte de Hariri teve consequências e as segue tendo no Líbano e na região. Todos querem conhecer a verdade e que haja justiça", disse. Especula-se que membros do Hezbollah serão indiciados pelo crime.

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