PUBLICIDADE

Líder do Hezbollah diz que não seqüestraria soldados israelenses se previsse conflito

Nasrallah acrescentou que a operação de 12 de julho não teria sido desenvolvida por "causas humanitárias, morais, sociais, militares, econômicas e políticas" caso tivesse "1% de certeza" da reação de Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, assegurou neste domingo que seu grupo não teria capturado os dois soldados israelenses caso tivesse "1% de certeza" de que a ação provocaria forte resposta por parte de Israel, como a atual. Nasrallah acrescentou, em entrevista concedida à emissora de televisão libanesa NTV, que se soubesse das conseqüências, a operação de 12 de julho não teria sido desenvolvida por "causas humanitárias, morais, sociais, militares, econômicas e políticas". Além disso, Hassan Nasrallah acusou o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Terje Roed Larsen, de "servir claramente a Israel", e comentou não saber "se os israelenses pediram ao funcionário da ONU que viesse ao Líbano para assustar os libaneses". Está previsto que Larsen chegue na próxima segunda ao Líbano, junto com o secretário-geral, Kofi Annan, e o chefe das operações de manutenção da paz das Nações Unidas, Jean-Marie Ghuehenno. O líder do Hezbollah afirmou, em um acentuado sotaque libanês, que o destacamento de tropas internacionais entre a fronteira sírio-libanesa e nos portos e aeroportos do Líbano é "uma das novas condições impostas pelos israelenses". Nasrallah disse ainda que a entrega dos dois soldados israelenses capturados por suas milícias ocorrerá "por meio de negociações, visando a um troca prisioneiros". Ressaltou que "este assunto já foi definido", e que "até Israel reconhece isso".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.