PUBLICIDADE

Líder do Hezbollah manifesta apoio ao governo da Síria

Em pronunciamento pela TV, Hassan Nasrallah disse ser interesse dos EUA e Israel derrubar Assad

Por AE
Atualização:

Milhares acompanham discurso de Nasrallah no vale do Bekaa, sul do Líbano

 

PUBLICIDADE

BEIRUTE - O líder do movimento xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, manifestou apoio ao governo da Síria nesta quarta-feira, 25, nos primeiros comentários sobre a revolta da população contra o presidente Bashar al-Assad.

 

Veja também:blog GUSTAVO CHACRA: Levantes não seguem linha sectáriaespecialInfográfico:  A revolta que abalou o Oriente Médiomais imagens Galeria de fotos: Veja imagens dos protestos na região

 

Nasrallah afirmou que derrubar o regime de Damasco serviria apenas aos interesses dos Estados Unidos e de Israel no Oriente Médio. O Hezbollah recebe e recebeu apoio financeiro da Síria e do Irã. Além de dinheiro, o grupo obtém armamentos e munições a partir do território sírio.

 

"Derrubar o regime na Síria é algo do interesse da América e de Israel", disse Nasrallah em um discurso televisionado assistido por milhares de pessoas no sul do Líbano.

 

O discurso foi feito para marcar o 11º aniversário do "Dia da Libertação". Na data, os libaneses celebram a saída das tropas israelenses do sul do país em 2000, após 18 anos de ocupação. "Eles querem derrubar o regime e substitui-lo por um governo moderado", disse o xeque.

 

'Chance para reformas'

Publicidade

 

Embora tenha elogiado as revoltas populares que derrubaram os regimes do Egito e da Tunísia neste ano, Nasrallah pediu ao povo sírio que "proteja o seu país". Segundo o líder do Hezbollah, os sírios precisam "dar uma a chance" para a liderança implementar reformas.

 

"Nós estamos preocupados com a conspiração contra o regime e contra o povo da Síria", disse, fazendo eco às declarações de Assad de que uma conspiração estrangeira tenta enfraquecer o seu governo.

 

Ajuda do Hezbollah

 

Nasrallah também rechaçou acusações feitas no Líbano de que membros do Hezbollah estariam na Síria ajudando Assad a "esmagar" os manifestantes. "Isso é mentira", disse. Ele comentou ainda a situação de impasse nas negociações entre Israel e os palestinos.

 

Segundo Nasrallah, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, "deram um golpe mortal" no processo de paz. Ele também criticou os aplausos que Netanyahu recebeu ontem no Congresso americano após discursar no local. "Ontem, a América se chamava Netanyahu", reclamou.

 

Com AP

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.