Líder iraniano diz que Islã está sob ataque

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Por Agencia Estado
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O Ocidente está atacando todo o mundo islâmico, e os conflitos ocorrendo no Afeganistão e nos territórios palestinos são os mais odiosos assaltos contra os muçulmanos, afirmou hoje o líder supremo do Irã. O aitolá Ali Khamenei disse a fiéis iranianos, durante um sermão nas orações de sexta-feira, em Teerã, que as questões "afegã e... palestina" são as mais "fundamentais... do mundo islâmico hoje". "Nos dois casos, tem sido testemunhado um assalto contra os muçulmanos", disse. O Irã, de maioria xiita muçulmana, é forte opositor do Taleban do Afeganistão, majoritariamente sunita. Apesar de ter apoiado a campanha liderada pelos EUA contra o terrorismo, o Irã não ofereceu bases militares ou abriu seu espaço aéreo para as forças americanas operando no Afeganistão. Khamenei afirmou que enquanto a situação política no Afeganistão está sendo resolvida, os americanos e britânicos têm "perpetrado atos que serão registrados como crimes de guerra inesquecíveis", "não demonstrando piedade pela vida daquelas pessoas - crianças, mulheres e velhos". O clérigo iraniano advertiu o Ocidente contra atacar outros Estados islâmicos, em particular o Iraque e a Somália, na campanha contra o terrorismo. "Eles (o Ocidente) estão dizendo que vão atacar a seguir outros países, e mencionam o Iraque e a Somália... sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, mas na verdade eles querem garantir seus interesses", disse, num sermão transmitido pela rádio estatal. Khamenei criticou duramente a Grã-Bretanha, chamando o país de "subalterno da América" que tem "um vergonhoso histórico colonialista" no Oriente Médio, e condenou os EUA por apoiar Israel contra os palestinos. "Essas potências estão apoiando o maior aparato terrorista do mundo, chamado regime sionista... Se usar tanques para atacar residências não é terrorismo, o que será? Se atacar residências com mísseis lançados de aviões F-16 e helicópteros de combate não é terrorismo, o que será?" afirmou Khamenei. "Os governos americano e britânico são parceiros nesses crimes e conjuntamente responsáveis", disse.Leia o especial

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