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Líder opositor anuncia 'cruzada' na Venezuela

Capriles diz que fará uma campanha 'épica e heroica' contra Maduro e o poder do Estado

Por CARACAS
Atualização:

A oposição venezuelana decidiu realizar uma "cruzada épica e heroica" contra o poder do Estado na campanha para as eleições presidenciais do dia 14, anunciou o candidato opositor, Henrique Capriles, reiterando sua "vontade política" de liderar "um bom governo". "Na terça-feira vamos iniciar uma cruzada. Uma campanha totalmente atípica, curta", disse Capriles ao canal privado de TV Globovisión, referindo-se ao início oficial da campanha eleitoral. Para Capriles, governador do Estado de Miranda (norte da Venezuela), a campanha representará "uma luta da verdade versus a mentira", encarnada por seu rival, o presidente interino Nicolás Maduro.Capriles, de 40 anos, anunciou que iniciará a campanha pelo Estado de Barinas (sudoeste), lugar de origem do presidente Hugo Chávez, morto no dia 5. Maduro, escolhido por Chávez como seu sucessor antes de morrer, também iniciará sua campanha em Barinas, mais exatamente em Sabaneta, povoado natal do líder bolivariano. Desde que as eleições foram convocadas, no dia 9, Capriles vem percorrendo os 23 Estados do país, tal como fez com a campanha para a eleição presidencial de 7 de outubro, quando foi derrotado por Chávez p0or 10 pontos porcentuais.Em entrevista à agência France Presse, divulgada na quarta-feira, Capriles afirmou que pretende seguir o modelo de políticas sociais adotadas no Brasil caso seja eleito presidente. Ele promete seguir um modelo de esquerda com base no brasileiro, que promova o desenvolvimento em uma economia de mercado aliado a planos sociais para tirar os venezuelanos da pobreza "de verdade", em um país com mais de 30% da famílias pobres. "O social é minha prioridade como governante", afirmou, ressaltando aos eleitores chavistas que as conquistas sociais em educação, saúde e habitação de Chávez continuarão em seu governo e hoje esses avanços "estão em risco com estes que estão governando", referindo-se a Maduro. / EFE e AFP

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