Líder opositora de Mianmar pega mais 18 meses de prisão

Aung San Suu Kyi foi condenada por violar termos de sua prisão domiciliar

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Por BBC Brasil
Atualização:

A líder da oposição de Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar por um tribunal em Rangun por ter violado leis de segurança permitindo que um americano entrasse em sua casa em maio passado. Inicialmente, Suu Kyi foi condenada a três anos de trabalhos forçados, mas a pena foi substituída por prisão domiciliar por ordem especial do líder militar de Mianmar, Than Shwe, informou um ministro do governo.

 

O americano John Yettaw ultrapassou os guardas, atravessou a nado o lago em frente à casa da líder birmanesa e passou duas noites em sua residência, violando os termos de sua prisão domiciliar. Ele foi condenado a sete anos de prisão, quatro deles de trabalhos forçados. Suu Kyi, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991, passou 14 dos últimos 20 anos detida. Ela negou as acusações, mas disse que esperava ser condenada. Inesperadamente, o tribunal permitiu o acesso de jornalistas pouco antes de a sentença ser anunciada. O processo foi criticado como sendo uma forma encontrada pelos militares para manter a líder da oposição presa até depois das eleições programadas para o ano que vem. O partido de Suu Kyi, Liga Nacional para Democracia, venceu a última eleição no país em 1988, mas nunca conseguiu assumir o poder. Suu Kyi terminava de cumprir uma pena de cinco anos de prisão quando o intruso invadiu sua casa. Acredita-se que Yettaw, de 54 anos, sofre de epilepsia, diabetes e transtorno de estresse pós-traumático. Ele foi internado em um hospital de Rangun e teria sido liberado na segunda-feira à noite, depois de uma semana de tratamento por ataques epilépticos.

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