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Líder polonês teve papel crucial na democratização do país

Por EFE
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O presidente polonês, Lech Kaczynski, de 60 anos, foi aliado do ex-líder anticomunista e fundador do sindicato Solidariedade, Lech Walesa. Juntamente com seu irmão gêmeo, Jaroslaw, Kaczynski fundou o partido de direita Lei e Justiça. Em 2005, ele deixou a legenda após ser eleito presidente, mas continuou acompanhando de perto o projeto político do partido.Político experiente na luta pela democracia, Kaczynski havia suavizado sua posição de eurocético nos últimos anos.Nascidos em 18 de junho em Varsóvia, os gêmeos Lech e Jaroslaw estrearam, antes de ganharem destaque na política, no cinema. Aos 12 anos, a dupla foi alçada ao estrelado como personagens principais do filme baseado no conto Os dois que roubaram a Lua. O filme foi rodado em 1962 e foi, durante muitos anos, o filme infantil de maior sucesso na Polônia.Kaczynski iniciou sua trajetória na vida pública ao integrar o Comitê de Defesa dos Operários, criado pelo dissidente comunista Jacek Kuron em 1976 para dar assistência aos trabalhadores expulsos de suas empresas pela ditadura após as greves. O comitê arrecadava recursos para pagar os advogados dos operários presos e ajudar suas famílias em dificuldades financeiras.Quando surgiu o sindicato Solidariedade, após as grandes greves do verão de 1980, Kaczynski uniu-se ao protesto e chegou à vice-presidência da organização. Após a proclamação da lei marcial pelo general Wojciech Jaruzelski, Kaczynski continuou a luta pela democracia na clandestinidade, organizando protestos e colaborando na impressão e distribuição de panfletos.Em 1989, por ordem de Jaruzelski, os representantes do poder começaram a negociar a transição com os representantes da oposição democrática, liderados por Walesa. Kaczynski foi um dos negociadores mais ativos no processo relacionado ao restabelecimento da legalidade do sindicato Solidariedade.

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