Líder rebelde do Afeganistão diz ter ajudado Bin Laden a fugir

Estima-se que chefes da Al-Qaeda esteja na fronteira entre Paquistão e Afeganistão

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um líder rebelde afegão procurado pelos Estados Unidos afirmou ter ajudado Osama bin Laden e seu subordinado direto, Ayman al-Zawahri, a fugir da caçada empreendida pelos norte-americanos há pouco mais de cinco anos. Gulbuddin Hekmatyar, que foi primeiro-ministro do Afeganistão no início dos anos 1990, afirmou em entrevista transmitida na quinta-feira pela TV privada do Paquistão Geo, que se encontrou com Bin Laden e Zawahri depois que combatentes leais a seu grupo, o Hizb-e-Islami, ajudaram os dois líderes da Al-Qaeda a fugir da região de Tora Bora, no final de 2001. "Depois do ataque norte-americano contra o Afeganistão, orientei minha gente a retirar nossos irmãos convidados e levá-los para locais mais seguros", disse Hekmatyar. "Mujahideen valentes e honestos do Hizb-e-Islami retiraram Osama bin Laden e Ayman al-Zawahri, junto com alguns companheiros, e os transferiram para um lugar mais seguro", disse ele. "Encontrei-me com eles lá." O entrevistador, Saleem Safi, disse à Reuters que a entrevista com Hekmatyar foi realizada há quase três anos, no Afeganistão. Localização incerta Embora a localização dos líderes da Al-Qaeda nunca tenha sido descoberta depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, forças dos EUA acreditam ter chegado perto de encurralar Bin Laden quando ele se escondeu em um complexo de cavernas na região montanhosa de Tora Bora, perto da fronteira com o Paquistão. Estima-se que Bin Laden ainda esteja em algum ponto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Zawahri estaria na mesma região, mas especialistas duvidam que os dois estejam juntos. Também não se sabe onde Hekmatyar está, mas acredita-se que ele esteja escondido no leste do Afeganistão. O líder rebelde é acusado de boa parte da destruição de Cabul durante a guerra civil do Afeganistão, nos anos 1990. Ele disse que seu grupo não tinha ligações organizacionais com a Al-Qaeda nem com o Taliban.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.