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Líder republicano no Senado diz que apoiará Trump, mas partido está dividido

Mitch McConnell declarou que, como Donald Trump 'é o provável candidato' do partido, os republicanos devem se unir em torno dele para evitar um virtual '3º mandato de Obama'

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O líder da maioria republicana no Senado de EUA, Mitch McConnell, declarou que apoiará o virtual nomeado do partido à presidência, Donald Trump, mas outros membros importantes do partido mostraram oposição a apoiar o magnata em sua corrida à Casa Branca.

"Me comprometi a apoiar o candidato escolhido pelos eleitores republicanos, e Donald Trump é o provável candidato agora e está a ponto de conseguir a nomeação", disse McConnell em comunicado.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, ratificou seu apoio a Trump se ele for escolhido pelo partido Foto: Drew Angerer/The New York Times

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"Os republicanos estão comprometidos a prevenir o que seria (na prática) um terceiro mandato de Barack Obama, e com o restabelecimento da segurança econômica e nacional após oito anos de um democrata na Casa Branca", continuou McConnell.

Além disso, senador chamou os outros membros do partido a unir esforços em torno de Trump, e disse que ele mesmo tem "a chance e a obrigação de unir os conservadores em torno de seus objetivos" comuns.

No entanto, enquanto McConnell mostrou seu apoio ao magnata imobiliário, outros pesos pesados do partido tornaram público seu mal-estar. Os ex-presidentes George H. Bush (1989-1993) e George W. Bush (2001-2009) descartaram na quarta-feira apoiar Trump em seu caminho à presidência dos Estados Unidos.

Na atual disputa, o ex-governador da Flórida Jeb Bush foi quem recebeu o apoio de seu pai e de seu irmão antes de abandonar prematuramente as primárias, após enfrentar ferozmente Trump.

Além disso, o ex-candidato republicano à presidência do país em 2008 e senador pelo Arizona, John McCain, explicou nesta quinta-feira que a indicação de Trump pode colocá-lo em apuros para ser reeleito em novembro, quando também há eleições legislativas.

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"Não tomo meu principal oponente superficialmente", disse McCain em entrevista exibida pelo jornal "Politico". "Mas não há dúvida de que se Donald Trump for o candidato à presidência, aqui no Arizona - onde mais de 30% do eleitorado é latino - esta pode ser a disputa mais complicada da minha vida", afirmou o senador.

Outro dos maiores críticos de Trump dentro de seu partido é o senador pela Carolina do Sul, Lindsey Graham, que após saber da vitória do magnata nas eleições primárias de Indiana na terça-feira, o que provocou a retirada de seus principais oponentes, Ted Cruz e John Kasich, garantiu que sua candidatura destruirá os republicanos.

"Se indicarmos Trump, vamos nos destruir. E teremos merecido", escreveu o legislador em sua conta oficial no Twitter.

O senador republicano por Nebraska, Ben Sasse, reiterou sua opinião sobre o magnata, apesar da vitória, e afirmou que não mudará sua postura mesmo que Trump seja o nomeado pelo partido. "Um candidato presidencial que se gaba do que vai fazer durante seu 'reinado' e se nega a condenar o Ku Klux Klan (KKK) não pode dirigir um movimento conservador nos Estados Unidos", afirmou Sasse. / EFE