
29 de dezembro de 2007 | 07h02
O advogado do líder do partido governante da África do Sul, Jacob Zuma, confirmou na última sexta-feira que seu cliente foi acusado pela Justiça de vários delitos e terá que se apresentar aos tribunais no dia 14 de agosto de 2008. A confirmação foi feita num comunicado do advogado Michael Hulley, que defende Zuma, presidente do Congresso Nacional Africano (ANC). Ele é acusado de corrupção vinculada à compra de equipamentos militares no fim da década passada. O comunicado, divulgado pela agência sul-africana "Sapa", diz que a acusação inclui os delitos de crime organizado, lavagem de dinheiro, corrupção e fraude. Zuma foi eleito presidente do ANC no congresso deste mês. Com isso, tornou-se o favorito para chegar à Presidência da África do Sul nas eleições de 2009. Os documentos foram entregues a Zuma por uma unidade especial da Procuradoria Geral conhecida como os "Escorpiões", dedicada aos casos mais graves e que há vários anos investiga Zuma. Zuma era vice-presidente da África do Sul mas foi destituído do cargo em 14 de junho de 2005, devido às suspeitas de corrupção. Segundo a Procuradoria, em 1999 Zuma exigiu o equivalente a US$ 600 mil da empresa francesa de armas Thint. Em troca, ela não seria investigada pelos subornos que supostamente tinha pago para conseguir contratos com o Governo. Em 2005, o assessor financeiro de Zuma, Shabir Shaik, foi condenado a 15 anos de prisão por ter atuado como intermediário na negociação. Zuma foi demitido do cargo de vice-presidente cinco dias depois. O presidente Thabo Mbeki desde então se tornou o seu principal rival político. Jacob Zuma, de 65 anos, também foi julgado no ano passado pela suposta violação de uma amiga da família, mas acabou inocentado.
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