Líder toma medidas para evitar 'vácuo de poder' no EI

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O recluso líder do Estado Islâmico (EI) delegou amplos poderes a seus vices e a comandantes regionais na Síria e no Iraque, um plano para assegurar que - caso ele ou outras figuras do comando central sejam mortos - a organização se adapte rapidamente e continue a lutar, segundo agentes de inteligência americanos e iraquianos.Abu Bakr al-Baghdadi delegou autoridade a um conselho consultivo que inclui ministros da guerra, finanças, assuntos religiosos e outros. Os líderes do EI, sob o comando de Baghdadi,têm origem principalmente em dois grupos: veteranos da Al-Qaeda no Iraque que sobreviveram à insurgência contra forças americanas e ex-funcionários do regime de Saddam Hussein com expertise em organização, inteligência e segurança interna.A fusão desses dois conjuntos de habilidades fez da organização uma força eficiente. No entanto, também importante para a flexibilidade do grupo tem sido o poder delegado a comandantes militares, que recebem diretrizes operacionais gerais, mas têm uma autonomia significativa para tocar suas próprias operações no Iraque e na Síria, segundo autoridades americanas e curdas.Isto significa que os combatentes têm informações limitadas sobre o funcionamento interno do EI para dar, caso sejam capturados. E comandantes locais podem ser mortos e substituídos sem ruptura da organização como um todo. Com essa hierarquia, os iraquianos ainda ocupam as posições superiores, enquanto tunisianos e sauditas detêm muitos postos religiosos.Boa parte de uma nova compreensão sobre a cúpula do EIveio de informações sobre as operações financeiras, métodos de recrutamento e medidas de segurança da organização encontradas em materiais capturados por um comando americano em maio no leste da Síria./ TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

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