Liderança palestina pede cessar-fogo; Hamas nega

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Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo radical palestino Hamas não vai acatar o pedido feito pelo líder da Organização para a Libertação da palestina (OLP), Mahmoud Abbas, para que os ataques contra Israel cessem pelo menos até as eleições de 9 de janeiro, que escolherão um sucessor para Yasser Arafat. Numa reunião com representantes de diversas facções para tentar construir um consenso, Abbas aparentemente obteve pouco progresso. Ele resiste a compartilhar o poder no período pré-eleitoral com os grupos radicais, a despeito das ameaças de boicote ao pleito. A partilha do poder e o cessar-fogo são os principais pontos de discórdia. O Hamas e outro grupo extremista, a Jihad Islâmica, rejeitam a existência do Estado de Israel. Recusam-se a participar de um governo palestino criado por meio de acordos de paz com Israel e dizem que não tomarão parte na eleição de janeiro. Os dois movimentos, responsáveis por centenas de ataques contra civis israelenses, exigem poder fora do processo eleitoral, com a criação de um "comando unificado". Abbas rejeita a proposta, e recomenda que os grupos participem das eleições parlamentares, se quiserem influenciar o governo. No entanto, o líder da OLP precisa do apoio dos radicais para governar.

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