
13 de dezembro de 2012 | 14h26
CARACAS - Líderes da América Latina se solidarizam com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e podem visitá-lo em Cuba. Chávez se recupera da cirurgia que realizou essa semana para retirar células malignas na região da pélvis.
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou que deseja viajar a Cuba para dar seu apoio a Chávez, se a equipe médica de Cuba autorizar a visita. O líder uruguaio disse ao jornal Búsqueda, de Montevidéu, que "Chávez ajudou o Uruguai e tenho a obrigação de não esquecer."
Na terça-feira, Mujica enviou uma carta ao líder bolivariano desejando-lhe uma "recuperação rápida". "Querido companheiro: me custa escrever essas linhas, prefiro te telefonar, como tantas vezes, para discutir nossas preocupações e esperanças com este continente tão rico", começa a carta.
O presidente uruguaio se mostrou confiante de que Chávez vai se recuperar da cirurgia. "Todos nós lhe desejamos uma rápida recuperação, que volte o quanto antes com sua força, humor e companheirismo". Mujica pediu que uma missa seja realizada na Igreja de Montevidéu para aqueles que "queiram se manifestar religiosamente" pela saúde do presidente da Venezuela.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, também disse estar disposto a visitar Chávez em Cuba "se necessário". "Força presidente Chávez, aqui estamos todos orando por sua saúde, o povo peruano se solidariza e lhe manda força para você tenha coragem e continue assumindo suas funções na Venezuela", declarou Humala.
Câncer
Chávez passou pela quarta cirurgia, na última terça-feira, desde que foi diagnosticado com câncer. Nesta quinta-feira, 13, o ministro da Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, afirmou que o estado de saúde do líder bolivariano é "estável". "Após a complexa e delicada intervenção cirúrgica, o paciente está em um processo pós-operatório igualmente complexo. Confiamos na força física e espiritual do comandante Hugo Chávez e no tratamento médico. A equipe médica indica que o paciente está em condições estáveis em seu processo evolutivo."
Antes de passar pelo processo cirúrgico, Chávez voltou a Venezuela e designou o vice-presidente Nicolás Maduro como seu sucessor político caso ele não consiga assumir a presidência, para a qual foi reeleito, para mais seis anos.
Com Efe
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