Líderes divergem em cúpula anual da Liga Árabe

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Por Redação
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Os líderes árabes rivalizaram abertamente sobre a maior parte dos problemas da região na cúpula anual da Liga Árabe nesta terça-feira, 25, em especial sobre a impossibilidade de resolver a guerra civil na Síria e a revolta contra o Catar por seu apoio à Irmandade Muçulmana.No primeiro dia da cúpula, Arábia Saudita, Kuwait e Egito pressionaram por uma abordagem conjunta contra o terrorismo, dizendo que ele representa um perigo iminente à segurança regional. O pedido foi uma forma de pressionar o Catar, que apoia a Irmandade Muçulmana, é a terra natal de vários de seus líderes e é acusado pelos vizinhos do Golfo de armar grupos militantes islâmicos que estão entre os rebeldes sírios.O presidente interino do Egito, Adli Mansour, conclamou os ministros do Interior e da Justiça árabes a se reunir antes de junho para estabelecer guias sobre o que cada nação precisa fazer para confrontar o terrorismo. Mansour pediu a extradição de indivíduos procurados, uma referência a líderes da Irmandade.O líder do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, respondeu em seu discurso na abertura da cúpula. Taim pediu ao Egito que inicie um "diálogo político amplo" para atingir a estabilidade. O comentário foi uma crítica velada ao cerco à Irmandade empreendido pelo governo interino, apoiado pelos militares, desde a deposição de Morsi.Tamim também criticou o governo iraquiano, acusando-o de discriminação contra a minoria sunita no país, que reclama de ser excluída do poder pela maioria xiita. O vice-presidente do Iraque, Khudeir al-Khuzaie, que liderava a delegação iraquiana à cúpula, rejeitou as acusações de Tamim e insistiu que o Iraque é uma nação democrática que respeita os direitos de facções étnicas e religiosas. "Nunca desistiremos das liberdades que lutamos para conquistar", afirmou. O líder do Catar também sinalizou diferenças com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pedindo uma minicúpula árabe para resolver as diferenças entre os grupos palestinos Hamas e Fatah, de Abbas. O Catar apoia o Hamas. Em seu próprio discurso horas depois, Abbas esnobou o pedido. Ele elogiou a Arábia Saudita pelo que chamou de generosa ajuda financeira aos palestinos e não mencionou a proposta de Tamim de estabelecer um fundo de US$ 1 bilhão para ajudar os residentes árabes de Jerusalém Oriental. / AP

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