21 de maio de 2011 | 12h40
O terremoto e o subsequente tsunami que atingiu o país deixaram mais de 24.000 pessoas mortas ou desaparecidas e desencadearam a crise ainda em andamento na usina de Fukushima Dai-ichi. A China e a Coreia do Sul têm se mostrado críticos em relação à resposta do Japão à crise nuclear, particularmente sobre a divulgação de dados de radiação no oceano e monitoramento de exportações de alimentos contaminados.
O Japão espera que a visita dos dois líderes ajude a amenizar as preocupações e as restrições às importações de produtos japoneses. O encontro deve ter como foco a crise nuclear e as discussões sobre a maneira como cada país pode ajudar na recuperação japonesa. Em um aceno de boa vontade para os fazendeiros locais, os três líderes mostraram cerejas, tomares, morangos e pepinos cultivados em Fukushima. "Foi minha decisão vir para Fukushima", disse o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao. "Eu vim aqui em nome de todo o povo chinês." Ele sugeriu que as restrições a importações podem ser aliviadas se a segurança for garantida, segundo informou a imprensa japonesa.
O governo japonês pretendia realizar a abertura formal da cúpula em Fukushima, mas o plano foi desfeito por causa de questões logísticas. Em vez disso, os líderes visitaram um centro de evacuação em Fukushima e depois seguiram para Tóquio, onde participaram de um acolhedor banquete.
O presidente sul-coreano Lee Myung-bak aterrissou na cidade de Sendai na manhã de sábado (horário local) e seguiu diretamente para as áreas devastadas, depositando uma coroa de flores e rezando em silêncio. Wen chegou mais tarde e também cumpriu uma programação semelhante. O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, uniu-se a eles na tarde de sábado. As conversas de cúpula, assim como encontros bilaterais, ocorrerão neste domingo em Tóquio. As informações são da Associated Press.
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