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Líderes lembram Soljenítsin

Putin, Medvedev e Gorbachev homenageiam escritor

Por AFP
Atualização:

Líderes mundiais e moradores de toda a Rússia prestaram ontem homenagens ao escritor russo Alexander Soljenítsin, que morreu na véspera, aos 89 anos, de insuficiência cardíaca. O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, definiu Soljenítsin, vencedor do Prêmio Nobel da Literatura de 1970, como "um dos maiores pensadores, escritores e humanistas do século 20" e disse que sua morte era uma perda irreparável para a Rússia e para o mundo. "Estamos orgulhosos de que tenha sido nosso compatriota e contemporâneo", disse o primeiro-ministro e ex-presidente russo Vladimir Putin, que lembrou o compromisso do autor com "ideais de liberdade, justiça e humanismo". "Milhões de pessoas no mundo vinculam o nome e as obras de Soljenítsin ao destino da própria Rússia. Tal como ele disse: ? A Rússia somos nós. Nós somos sua carne, seu sangue, seu povo?", lembrou Putin, que visitou o escritor em junho de 2007, para lhe entregar o Prêmio de Estado, em homenagem "aos que dedicam a vida à pátria". Soljenítsin ficou conhecido por suas críticas ao regime soviético, em especial às prisões e aos campos de trabalhos forçados para os dissidentes - denunciados em sua obra mais famosa, Arquipélago Gulag. O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev também saudou o escritor: "Era um homem com um destino único, um dos primeiros a denunciar em voz alta o caráter desumano do regime stalinista." O presidente francês, Nicolas Sarkozy também homenageou o escritor. O corpo do autor será velado hoje, durante todo o dia, na Academia de Ciências de Moscou e enterrado no histórico Monastério Donskoi, também na capital russa.

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