
11 de janeiro de 2020 | 14h53
Atualizado 11 de janeiro de 2020 | 18h41
REINO UNIDO - Líderes de países europeus e o do Canadá disseram neste sábado, 11, que a confissão do Irã de que derrubou por engano o avião de passageiros da Ukraine Airlines International (UIA), na quarta-feira, matando as 176 pessoas a bordo, é um primeiro passo e que agora é preciso que haja uma investigação sobre o caso.
O primeiro-ministro Boris Johnson tratou a admissão do Irã como um "primeiro passo importante" . "Agora precisamos de uma investigação internacional completa, transparente e independente e a repatriação daqueles que morreram", acrescentou o líder conservador em comunicado, acrescentando que o Reino Unido trabalhará com seus parceiros internacionais para esse fim.
As vítimas do voo PS752 foram principalmente iranianos e canadenses, mas também afegãos, britânicos, suecos e ucranianos.
A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a confissão iraniana foi um passo importante e exigiu uma investigação completa.
"O reconhecimento do Irã de que acidentalmente derrubou um avião de passageiros ucraniano foi um passo positivo", disse.
Merkel afirmou ainda que "é bom que os responsáveis sejam conhecidos". "Tudo tem que ser feito agora para encontrar uma solução que atenda os países de onde vieram os passageiros".
Ela afirmou que é o importante agora é que tudo seja feito para investigar o incidente, que matou "176 pessoas inocentes"
"Hoje foi dado um passo importante", disse ela em entrevista coletiva após conversas com o presidente russo Vladimir Putin no Kremlin.
Já o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que uma prestação de contas é necessária depois que o Irã admitir que derrubou acidentalmente um avião ucraniano.
O premiê também exigiu "transparência e Justiça para as famílias e entes queridos das vítimas", dos quais muitos eram cidadãos canadenses.
"Esta é uma tragédia nacional, e todos os canadenses estão de luto juntos", disse o gabinete de Trudeau em comunicado.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, prometeu a seu colega ucraniano "levar à justiça" os responsáveis pela catástrofe do avião da Ucrânia derrubado por um míssil iraniano, anunciou a presidência do país europeu neste sábado, 11.
Rohani "garantiu que todos os envolvidos no desastre aéreo serão levados à justiça", numa conversa por telefone com o chefe de estado ucraniano, Volodmir Zelenski, segundo o serviço de imprensa deste último.
O Irã "reconhece plenamente que a tragédia ocorreu por causa do erro militar", acrescentou a presidência.
Zelenski pediu a Teerã que permita a repatriação dos corpos das 11 vítimas ucranianas "até 19 de janeiro", disse a nota.
Além disso, anunciou o envio pela diplomacia ucraniana de uma nota que lista as medidas a serem tomadas para "resolver a questão das indenizações". / AFP e REUTERS
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