
11 de dezembro de 2013 | 12h04
Alguns fizeram o sinal da cruz e outros simplesmente olharam para o rosto de Mandela, no interior dos Union Buildings, residência oficial e sede do gabinete do presidente sul-africano, localizados na capital Pretória.
Líderes como o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, o atual presidente sul-africano Jacob Zuma e outros passaram pelo caixão em duas filas, sob a vigilância de quatro oficiais da Marinha. Celebridades como o cantor Bono, do U2, também prestaram suas homenagens, assim como o Frederik de Klerk, o último presidente do período do apartheid, que dividiu com Mandela o prêmio Nobel da Paz pelo fim da segregação racial no país.
A esposa de Mandela, Graça Machel, sua ex-mulher Winnie Madikizela-Mandela e outros familiares também estiveram presentes.
Ao sair da prisão em 1990, após 27 anos, Mandela fez apelos por perdão e reconciliação no país e se tornou presidente em 1994, após as primeiras eleições inter-raciais sul-africanas.
Na manhã desta quarta-feira, policiais de motocicletas escoltaram carro fúnebre de um hospital militar, nos arredores de Pretória, até os Union Buildings. As pessoas foram às ruas para assistir a passagem do corpo, cantando antigas músicas do tempo da luta contra o apartheid.
O corpo de Mandela, que morreu em 5 de dezembro, aos 95 anos, permanecerá nos Union Buildings por três dias, mas a cada noite será levado de volta para o hospital militar. No sábado, o corpo do líder será levado de avião para a vila de Qunu, onde Mandela cresceu e passou boa parte da infância, na província do Cabo Oriental. Ele será enterrado no domingo.
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