Líderes mundiais manifestam repúdio por atentados na Índia

Os atentados em Mumbai deixaram mais de 150 mortos e deixaram 439 feridos

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Por Agencia Estado
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Líderes mundiais de vários países expressaram seu repúdio pelos atentados contra o sistema ferroviário de Mumbai, a capital financeira da Índia nesta terça-feira. Pelo menos 150 pessoas morreram e 439 ficaram feridas depois que sete explosões abalaram o as linhas de trem da cidade, a maior do país, no horário de rush. O governo Paquistão condenou os atentados contra as linhas de trem classificando a ação como um "ato desprezível de terrorismo", informou o Ministério do Interior. O presidente e general Pervez Musharraf e primeiro ministro Shaukat Aziz expressaram seu repúdio contra os atentados e ofereceram suas condolências pelas perdas das vidas de centenas de pessoas, afirma um comunicado do Ministério. A Índia e o Paquistão são vizinhos e os dois países têm um histórico de relações hostis. Desde suas independências do Reino Unido em 1947, as duas nações travaram duas guerras pelo território da Caxemira, reivindicado por ambos. Um grupo terrorista de origem paquistanesa ligado aos separatistas islâmicos da Caxemira é o principal suspeito pela ação. Condolências O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, condenou os "brutais e vergonhosos" atentados ocorridos na cidade indiana. Em comunicado, Blair expressou suas condolências às famílias das vítimas e ressaltou que "nada pode justificar o terrorismo". "Permanecemos unidos à Índia, a maior democracia do mundo, por meio de nossos valores compartilhados e nossa determinação comum de derrotar o terrorismo em todas as suas formas", afirmou. O presidente russo, Vladimir Putin, também recriminou os ataques, qualificando a ação de "crime monstruoso" e apresentou suas condolências ao governo da Índia. "Este cínico crime, monstruoso por sua crueldade, não tem nem pode ter nenhuma justificação. Os terroristas culpados por esse atentado devem ser castigados severamente", disse Putin em mensagem ao primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. Repudio O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, expressou "horror" pelos atentados. Em comunicado, Annan condenou os ataques e o lançamento de granadas em Srinagar, outra cidade da Índia, que deixou pelo menos cinco mortos, e disse que tais "atos não possuem justificativas". "Servem apenas para reafirmar que o terrorismo constitui uma das mais sérias ameaças à paz e à segurança internacional", declarou. Annan acrescentou que "põem em evidência a necessidade de intensificar de forma urgente ações coordenadas de todos os países para derrotar o terrorismo em todas as suas formas e manifestações". O presidente francês Jaques Chirac manifestou ao chefe do Governo indiano, "assim como ao povo indiano, a solidariedade da França e meus pêsames". Pouco antes, o ministro de Assuntos Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, havia também condenado "com a maior firmeza" os atentados de Mumbai. O Governo dos Estados Unidos condenou "os atos de violência sem sentido" cometidos em trens e estações da Índia e ofereceu assistência ao Executivo desse país. "Condenamos estes ataques com os termos mais contundentes possíveis", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

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