Liga Árabe confirma suspensão da Síria

Órgão estuda enviar investigadores e adotar novas medidas para tentar frear violência no país

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RABAT - O ministro de Exteriores do Catar, o xeque Hamad bin Yasem al-Zani, anunciou nesta quarta-feira, 16, que a Liga Árabe adotou um protocolo para enviar observadores à Síria para investigar a situação no país e deu um ultimato de três dias para Damasco aceitar a proposta e colocar um fim à situação de crise. O órgão pan-árabe também confirmou a suspensão do país.

 

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"Adotamos um protocolo para enviar observadores árabes à síria e o governo tem três dias para aceitar a decisão", disse al-Zani a jornalistas ao lado do secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, depois do fim da reunião dos chanceleres dos países membros do grupo.

 

No sábado passado, a Liga Árabe havia suspendido a Síria da organização ao considerar que Damasco não cumpriu o acordo de paz aceito pelo presidente Bashar Assad. O grupo deu cinco dias para que o governo detivesse a violência contra os opositores, prazo que terminou nesta quarta, quando foi confirmada a suspensão.

 

Al-Zani, que também preside a comissão ministerial da Liga Árabe responsável por buscar uma solução ao conflitos na Síria, disse que "os observadores se encarregarão de investigar a aplicação dos dispositivos do plano árabe para solucionar a crise no país e proteger os civis".

 

O acordo oferecido pela Liga Árabe previa, além do fim da violência e a retirada das tropas das ruas, o início do diálogo com a oposição e o fim da restrição a jornalistas estrangeiros no país, entre outros pontos.

 

A violência, porém, se intensificou nos últimos dias, o que levou desertores do Exército a responder aos ataques das forças do governo. Nesta quarta, uma grande base militar perto de Damasco foi alvo de ataques realizados supostamente pelo Exército da Síria Livre.

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Desde que o regime de Assad aceitou o plano proposto pela Liga Árabe, no início do mês, mais de 370 pessoas morreram na Síria, segundo ativistas. Estes se somam aos mais de 3,5 mil que haviam morrido desde o início dos protestos, iniciados em março, segundo a Organização das Nações Unidas.

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