Liga Árabe pede Oriente Médio livre de armas nucleares

Pedido do secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, parece ter sido direcionado a Israel, que se recusa a negar ou reconhecer que possua armas nucleares

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu nesta terça-feira que o Oriente Médio se livre de armas nucleares, informou um funcionário da agência de notícias chinesa Xinhua. Moussa participará do Fórum de Cooperação Sino-àrabe, que será realizado na quarta-feira em Pequim. "A meta é estabelecer uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio", disse Moussa durante uma entrevista na cidade chinesa. Sobre o impasse do programa nuclear iraniano, o secretário afirmou que não se trata de um problema apenas do Irã mas "de todo o Oriente Médio". O Irã não é um país árabe nem é membro da Liga Árabe. As afirmações de Moussa parecem ser direcionadas a Israel, que se recusa a negar ou reconhecer que possua armas nucleares. Teerã alega que seu programa nuclear tem propósitos pacíficos e nega as acusações dos Estados Unidos e de outros países de que estaria produzindo armas. Pedido ao Hamas Na véspera do encontro entre 22 governos e entidades árabes, Pequim aproveitou para pedir que o Hamas abandone a violência e reconheça Israel. O ministro palestino do Exterior, Mahmud al Zahar, participará da segunda reunião do Fórum e deverá se encontrar ainda com seu homólogo chinês, Li Zhaoxing. "Pedimos ao Hamas que de forma honesta abandone a violência, reconheça Israel e aceite os acordos já assinados", afirmou o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Liu Jianchao. Jianchao manifestou-se sobre a situação no Oriente Médio, classificando-a como "preocupante", e acrescentou que as "resoluções da ONU devem ser aplicadas". "A China não apóia o isolamento político ou o bloqueio econômico, mas ao mesmo tempo pede que o Hamas aja de acordo com os interesses de seu povo e abandone a violência. Israel protestou contra esta visita, mas Liu rebateu. "Acreditamos que nossa posição é benéfica para estabilizar a situação e as relações bilaterais ente Israel e Palestina. Esperamos que estas diferenças não afetem nossas relações bilaterais."

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