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Lista das vítimas de voo da Germanwings será concluída nesta semana, diz Hollande

Hollande adiantou que França e Alemanha estudam 'melhorar e reforçar' as regras sobre segurança de voo; continuam as buscas por 2ª caixa-preta do Airbus A320

Atualização:
O presidente francês, François Hollande, falou sobre a queda do Airbus da Germanwings após reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel Foto: Bernd Von Jutrczenka/EFE

BERLIM - O presidente da França, François Hollande, disse nesta terça-feira, 31, ter confiança de que a lista das 150 pessoas a bordo do Airbus A320 da Germanwings, que caiu na semana passada nos Alpes no sul do país, será concluída nesta semana.

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As declarações do chefe de Estado francês foram feitas depois de uma reunião, em Berlim, com a chanceler alemã, Angela Merkel. Hollande explicou que em razão da liberdade de circulação dos cidadãos europeus dentro do Espaço Shengen, o processo de identificação torna-se uma tarefa complexa.

De acordo com dados provisórios do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha, estava a bordo do avião 75 alemães, 52 espanhóis, 3 argentinos, 3 americanos e 17 pessoas de outras 12 nacionalidades.

Também motivado pela queda do voo 4U952 da Germanwings, Hollande adiantou que França e Alemanha estudam "melhorar e reforçar" as regras sobre segurança de voo. Por um lado, seria conveniente ter um registro mais completo das pessoas que estão a bordo de um avião e, por outro, devem ser revisados os protocolos de segurança da cabine de voo para evitar tragédias como esta se repitam.

No local da queda do Airbus, nos Alpes no Sul da França, um dos comandantes da operação de resgate afirmou que as equipes esperam encontrar, nas próximas 24 horas, amostras de DNA de todos as vítimas. De acordo com o tenente-coronel Jean-Marc Menichini, as buscas pela segunda caixa-preta do avião, que registrou os dados do voo, também continuam.

Estudos. OEscritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), da França, afirmou nesta terça-feira que "fraquezas sistemáticas" como o acesso à cabines de aeronaves e procedimentos de avaliações psicológicas serão examinadas.

De acordo com o BEA, o objetivo é principal da investigação é fornecer uma "análise detalhada" das gravações da cabine do avião da Germanwings, mas o organismo também planeja ampliar sua investigação para analisar questões que possam ser problemáticas para outra companhias aéreas.

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"Vamos estudar fraquezas sistemáticas que possam levar a este tipo de desastre aéreo", afirmou o escritório no primeiro comentário desde que a promotoria de Marselha apontou o copiloto do voo, Andreas Lubitz, como provável responsável pela queda da aeronave.

O BEA disse que estudará tanto os procedimentos de avaliação psicológicas quanto as regras aplicadas ao acesso da cabine dos aviões, além do sistema de travamento da porta das cabines.

Indenizações. Em Frankfurt, na Alemanha, a Lufthansa - controladora da Germanwings - afirmou que já reservou o equivalente a US$ 300 milhões para "todos os custos envolvidos no caso".

Na semana passada, a empresa havia oferecido de forma imediata €50 mil por passageiros para os parentes das vítimas. Esses pagamentos não serão computados numa eventual compensação pelo acidente.

Também nesta terça-feira, a empresa cancelou os planos para celebrar os 60 anos da empresa, em 15 de abril, em "respeito às vítimas do acidente". / AP e EFE

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