09 de dezembro de 2021 | 16h37
VILNIUS - A Lituânia anunciou nesta quinta-feira, 9, que vai oferecer assistência monetária a imigrantes em sua fronteira para motivá-los a voltar a seus países de origem, enquanto se esforça para repatriá-los aos milhares.
Cada migrante que decidir voltar voluntariamente ao seu país receberá mil euros (cerca de R$ 6,3 mil), ao invés dos 300 que eram oferecidos anteriormente, e também a passagem de avião para concretizar a operação.
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"Após recusar a maior parte das solicitações de asilo, precisamos de soluções para fazer os migrantes voltarem a seus países de origem", disse à Agência France-Presse a ministra do Interior, Agne Bilotaite. "Esperamos que este montante mais elevado faça aumentar o número de migrantes que voltam de forma voluntária", acrescentou.
O dinheiro para incentivar os migrantes a deixarem a Lituânia provém de fundos oferecidos pela Comissão Europeia para ajudar a enfrentar a crise na fronteira do país.
Desde o verão passado no hemisfério norte, milhares de migrantes, sobretudo procedentes do Oriente Médio, cruzaram ou tentam cruzar a a fronteira leste da UE, a partir de Belarus, com destino a Letônia, Lituânia ou Polônia.
O Ocidente acusa Belarus de ter orquestrado esta crise, ao direcionar os migrantes para a fronteira europeia, dando-lhes vistos e com a promessa de que ultrapassá-la seria fácil, em represália às sanções impostas pela UE, o que Minsk nega.
Até o momento, a Lituânia concedeu o status de refugiado a apenas 54 dos 3.272 migrantes que o solicitaram. /AFP
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