Londres expulsa israelense por ''caso Dubai''

PUBLICIDADE

Por AP E AFP e LONDRES
Atualização:

O chanceler da Grã-Bretanha, David Miliband, anunciou ontem a expulsão de um diplomata israelense acusado de ter falsificado um passaporte britânico para entrar nos Emirados Árabes, em janeiro, e assassinar Mahmoud al-Mabhouh, um comandante militar do grupo palestino Hamas em um hotel de Dubai.O diplomata estaria envolvido com um grupo de 27 agentes do Mossad, serviço secreto israelense, que usou passaportes britânicos, irlandeses, franceses, alemães e australianos para cometer o crime, segundo a polícia de Dubai. "Eu pedi que um membro da embaixada israelense fosse retirado da Grã-Bretanha como consequência deste assunto", disse Miliband, em discurso no Parlamento. "Foi um mau uso intolerável do passaporte britânico e representa um profundo desprezo por nossa soberania", justificou .Reação. Em Jerusalém, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, lamentou a decisão do governo britânico, rejeitou as acusações e disse que, até agora, Londres "não forneceu nenhuma prova sobre a participação de Israel neste caso".Um alto funcionário israelense que não quis se identificar descartou, em entrevista à agência de notícias France Presse, a hipótese de que algum diplomata britânico seja expulso de Israel, como retaliação. "A prioridade agora é acalmar a situação", disse ele, em tom conciliador, como o adotado por Lieberman, para quem "a relação com Londres é muito importante". / PARA LEMBRARO corpo de Mahmoud al-Mabhouh, um dos líderes do Hamas, foi encontrado num hotel de Dubai em 20 de janeiro. Ele morreu por asfixia e a polícia de Dubai atribuiu o crime ao Mossad. Mas o serviço secreto israelense não confirmou nem desmentiu a autoria do crime.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.