
24 de março de 2010 | 00h00
O diplomata estaria envolvido com um grupo de 27 agentes do Mossad, serviço secreto israelense, que usou passaportes britânicos, irlandeses, franceses, alemães e australianos para cometer o crime, segundo a polícia de Dubai. "Eu pedi que um membro da embaixada israelense fosse retirado da Grã-Bretanha como consequência deste assunto", disse Miliband, em discurso no Parlamento. "Foi um mau uso intolerável do passaporte britânico e representa um profundo desprezo por nossa soberania", justificou .
Reação. Em Jerusalém, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, lamentou a decisão do governo britânico, rejeitou as acusações e disse que, até agora, Londres "não forneceu nenhuma prova sobre a participação de Israel neste caso".
Um alto funcionário israelense que não quis se identificar descartou, em entrevista à agência de notícias France Presse, a hipótese de que algum diplomata britânico seja expulso de Israel, como retaliação. "A prioridade agora é acalmar a situação", disse ele, em tom conciliador, como o adotado por Lieberman, para quem "a relação com Londres é muito importante". /
PARA LEMBRAR
O corpo de Mahmoud al-Mabhouh, um dos líderes do Hamas, foi encontrado num hotel de Dubai em 20 de janeiro. Ele morreu por asfixia e a polícia de Dubai atribuiu o crime ao Mossad. Mas o serviço secreto israelense não confirmou nem desmentiu a autoria do crime.
Encontrou algum erro? Entre em contato