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Lozada toma posse nesta terça na Bolívia

Por Agencia Estado
Atualização:

Gonzalo Sánchez de Lozada, cuja eleição para a presidência da Bolívia foi confirmada pelo Congresso do país no domingo, toma posse amanhã numa cerimônia da qual participam vários presidentes sul-americanos e o príncipe Felipe, da Espanha. O governo brasileiro será representado na solenidade em La Paz pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello. Aos 72 anos, Sánchez de Lozada, dono de uma das maiores fortunas da Bolívia, chega à presidência do país pela segunda vez. Durante seu primeiro mandato, entre 1993 e 1997, intensificou a campanha de privatização de empresas públicas. Antes, a partir de meados dos anos 80, tinha sido ministro do Planejamento, ajudando a dominar uma hiperinflação que chegou a 25.000% ao ano. Formado em Filosofia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, Sánchez de Lozada fala espanhol com um forte sotaque anglo-saxão, característica que mais o expõe aos ataque de seus adversários. "Gringo" e "vende-pátria" são os insultos mais dirigidos a ele, principalmente por partidários do representante dos plantadores de coca da região do Chapare, Evo Morales. Na votação popular de 30 de junho, Sánchez de Lozada e Morales foram os mais votados, ganhando o direito de apresentar seu nome à votação definitiva no Congresso, vencida pelo primeiro, por 84 votos a 43. A posse do novo presidente da Bolívia contará também com a presença de uma delegação do governo dos EUA, presidida pelo diretor do Escritório de Política Nacional para o Controle de Drogas, John P. Walters. O funcionário norte-americano deverá se reunir ainda amanhã com o presidente eleito para definir as linhas gerais da cooperação entre os dois países para o combate à produção e tráfico de drogas na Bolívia. Depois de receber a faixa presidencial, o novo presidente dará posse ao gabinete. Sánchez de Lozada substitui Jorge Quiroga, que governou a Bolívia por 12 meses. Quiroga era vice-presidente de Hugo Bánzer, forçado a abandonar o cargo em agosto do ano passado para tratar de um câncer que acabaria por levá-lo à morte.

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