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Lugo e Evo formalizam fim da Guerra do Chaco

Por EFE E AFP
Atualização:

Os presidentes do Paraguai, Fernando Lugo, e da Bolívia, Evo Morales, viajaram ontem para Buenos Aires para formalizar o acordo que põe fim, de forma pacífica, a uma disputa territorial iniciada há 74 anos, durante a Guerra do Chaco, que matou mais de 100 mil bolivianos e paraguaios, entre 1932 e 1935. O documento foi assinado no Palácio San Martín, sede da chancelaria argentina, pelos ministros das Relações Exteriores da Argentina, da Bolívia e do Paraguai. Para a noite, estava programada uma nova solenidade na qual a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, entregaria o texto do acordo a Evo e Lugo. O documento foi elaborado pela Comissão Mista Demarcadora de Limites, presidida pelo governo argentino, com a participação de Brasil, Chile, Peru, Uruguai e Estados Unidos. Os esforços para resolver as divergências territoriais entre a Bolívia e o Paraguai tiveram início em 1938, com a criação de um Tratado de Paz, Amizade e Limites, que já previa a criação da comissão que ontem entregou seu parecer, concluído em 2007. ORIGEM A Guerra do Chaco foi provocada pela disputa entre bolivianos e paraguaios pela região chamada de Cacho Boreal, rica em hidrocarbonetos. Na época, o governo boliviano também ambicionava ter acesso ao Rio Paraguai, na bacia do Rio da Prata, enquanto os paraguaios tentavam conquistar uma saída para o Oceano Pacífico. A assinatura do tratado que pôs fim ao conflito, ainda em 1938, deu ao Paraguai uma área 120 mil km², no norte do país.

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