
30 de setembro de 2010 | 16h42
O que surpreendeu ao governo brasileiro, de acordo com assessores, é que, depois da conversa de Lula com Chávez e de o venezuelano dizer que a situação estava contornada, Rafael Correa foi para a imprensa falar em tentativa de golpe, sugerindo que o país não estava sob controle como se esperava. Além disso, por causa das últimas notícias de decretação de estado de exceção no Equador, o governo brasileiro busca novas informações sobre o que ocorre no país.
Na conversa, Lula pediu a Chávez que transmitisse votos de solidariedade ao presidente equatoriano. Lula embarcou para São Paulo, onde participará hoje à noite de comício ao lado do candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante. Enquanto estiver viajando, o presidente será informado sobre a situação do Equador pelo chanceler Celso Amorim, que está em contato permanente com o embaixador do Brasil em Quito.
Ainda segundo assessores, conforme o desenrolar dos fatos, o Brasil pode pedir a interferência da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União de Nações sul-americanas (Unasul) e do Mercado Comum do Sul (Mercosul) para tentar encontrar uma solução para o conflito.
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