20 de abril de 2010 | 00h00
O que podemos esperar da conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação em maio?
Um acordo sobre o compromisso das nações nucleares em dar prosseguimento ao processo de desarmamento e um avanço na questão do Oriente Médio.
A discussão sobre sanções contra o Irã pode interferir na conferência?
Faremos duas coisas com o Irã. Uma é manter a porta aberta para uma negociação. Nesse sentido, esperamos que a posição do presidente Lula faça a diferença. Mas, ao mesmo tempo, não podemos permitir que o Conselho de Segurança da ONU e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sejam ignorados. O Irã não está respondendo os questionamentos e não está cooperando.
A posição do Brasil em relação ao Irã tem atraído várias críticas, tanto internas quanto externas. Como o senhor avalia essa atitude?
Se Lula estiver usando suas boas relações pessoais para passar uma mensagem clara sobre a necessidade absoluta de o Irã não cruzar a linha vermelha do que realmente importa, que é a construção de armas, ele estará dando uma importante contribuição e não deve ser criticado pela aproximação. Se o resultado da visita for dar ao Irã uma sensação de confiança, que pode seguir todo o caminho até a construção de armas, isso seria um resultado muito infeliz.
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