
08 Dezembro 2017 | 12h17
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou nesta sexta-feira, 8, sua solidariedade com a senadora argentina Cristina Kirchner, que teve a prisão decretada ontem pelo juiz Claudio Bonadio, sob a acusação de encobertar agentes do governo iranino envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994, que deixou 85 mortos.
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Segundo Lula, Cristina sofre uma perseguição judicial e midiática – a mesma que, diz o petista, ocorre contra ele no Brasil. O ex-presidente foi condenado em primeira instância por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro.
No caso de Cristina, outro magistrado de primeira instância, Claudio Bonadio, pediu ao Senado que revogue a imunidade parlamentar da ex--presidente, sob o argumento de que ela pode prejudicar as investigações.
“Expresso minha solidariedade com a presidenta Cristina Kirchner e seus colaboradores, que tanto fizeram pelo povo argentino e a integração sul-americana”, disse Lula. “É preocupante a verdadeira perseguição judicial e midiática contra uma companheira que tanto admiro e estimo.”
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O PT, partido de Lula, divulgou nota na qual afirma que o indiciamento de Cristina representa uma ameaça ao Estado de Direito na Argentina – mesmo argumento usado por Cristina para se defender. “Causa espanto o modo autoritário com o qual o presidente Maurício Macri e seus aliados lidam com oposição, a imprensa e movimentos sociais e sindicais”, diz a nota.
Segundo o PT, o que ocorre na Argentina é a mesma estratégia usada pela direita em outros países da América do Latina: usar a imprensa para assassinar reputações e prejudicar os nomes da esquerda. /EFE
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