Lula diz que fez o possível para tirar brasileiros do Líbano

Presidente desabafou dizendo que não consegue "compreender que alguém possa fazer crítica" ao repatriamento

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Por Agencia Estado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o governo brasileiro fez o "que era possível" para ajudar os brasileiros que estão tentando sair do Líbano. "Não posso compreender que alguém possa fazer crítica. Penso que fizemos o que era possível", desabafou o presidente Lula, justificando que os aviões não poderiam entrar no Líbano. Na opinião do presidente, "o Brasil colocou à disposição os aviões que precisava colocar". Ele acrescentou que até o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi enviado ao local mais próximo possível para negociar com as autoridades a saída dos brasileiros do país. Lula comentou que, apesar de o Brasil estar fazendo o que considera possível, "estamos dispostos a fazer o que for necessário para tirar os brasileiros que estão no Líbano, na expectativa de que a guerra acabe e as pessoas possam ficar no País, vivendo com a dignidade que esperam viver". Israel deu inicio à operação no Líbano depois de militantes do Hezbollah matarem e capturarem soldados israelenses na fronteira entre os dois países, no dia 12 de julho. Na quinta-feira, o ministro da Saúde do Líbano informou que 600 pessoas já morreram no país vítimas do conflito. Deste total, sete eram brasileiros. O Brasil possui a maior comunidade de estrangeiros no Líbano, segundo o consulado geral do País Beirute. Já do lado israelense, 52 pessoas morreram, entre civis e militares, desde o início dos embates. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro já retirou 1.134 cidadãos da zona de conflito, mas apenas uma parte deste total conseguiu embarcar para o País. O governo montou uma base em Adana, na Turquia, para coordenar a operação de retirada, que continua até pelo menos meados da próxima semana. Nesta sexta-feira, um vôo com 80 brasileiros desembarcou no País.

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