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Lula: Paz no Oriente Médio só ganha com participação do Brasil

Presidente ainda afirmou que País 'não está interessado nosbenefícios econômicos' da região

Por Carolina Ruhman e da Agência Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta terça-feira, 27, a participação do Brasil nos esforços internacionais para a promoção da paz no Oriente Médio. "A paz só tem a ganhar com a participação de países como o Brasil", disse, durante solenidade do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, realizado na Sinagoga Deit Yaacov, em São Paulo.   "Todos sabem que o Brasil não está interessado nos resultados políticos e nos benefícios econômicos que possam vir da região. Nosso interesse exclusivo é de contribuir para a paz", assinalou. "O Brasil tem condições e credenciais para participar de negociações internacionais."   Lula chamou atenção para a ida do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, à região. Ele ressaltou que o convívio entre israelenses e palestinos "atinge corações e mente de todos", e frisou: "Devemos evitar que o ódio contamine o País." Ele afirmou acreditar que o Brasil pode se valer da convivência pacífica entre israelenses e palestinos no País para colaborar com a construção da paz.   O presidente foi homenageado pela comunidade judaica pelo papel de incentivador dos direitos humanos. No evento de hoje, Lula avaliou que o Holocausto é um "episódio que não pode voltar a ocorrer" e destacou que o Brasil é um dos poucos países onde o crime de racismo não prevê fiança e nem prescreve. "O Brasil não aceita discriminação", enfatizou. "O Brasil não aceita escalada da violência como solução dos conflitos", afirmou, lamentando a morte de civis e manifestando a esperança na construção do diálogo na região.   Lula estava acompanhado pelo ministro especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), e o senador Aloizio Mercadante (PT). O ministro da Justiça, Tarso Genro, foi representado pelo secretário de Assuntos Legislativos do ministério, Pedro Abramovay.

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