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Lula quer conversar com Bush sobre o Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Num esforço para evitar o ataque dos Estados Unidos contra o Iraque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou disposto a conversar com o presidente norte-americano George W. Bush. Segundo o assessor especial de Lula na área internacional, Marco Aurélio Garcia, o presidente pretendia telefonar para Bush, como forma de reafirmar a posição do governo brasileiro, contrária à guerra. Nas últimas 48 horas, Lula conversou, por telefone, com os presidentes da França, Jacques Chirac; da Argentina, Eduardo Duhalde; do Chile, Ricardo Lagos; e do Equador, Lucio Gutierrez, sobre uma possível busca de entendimento para evitar uma guerra. Os presidentes avaliaram a possibilidade de realizar uma reunião de chanceleres sul-americanos para discutir as conseqüências de um possível conflito no Oriente Médio. As informações são do porta-voz da Presidência da República, André Singer. Segundo Marco Aurélio Garcia, Lula manifestou, na conversa com Chirac, apoio às idéias contra a guerra expressas em nota divulgada pela França e mais dois países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas: Alemanha e Rússia. Esses três países propõem o desarmamento do Iraque por meio do fortalecimento das inspeções que são feitas em território iraquiano por especialistas da ONU. Com essa mesma preocupação, o presidente brasileiro tentaria um contato, ainda hoje, com o presidente do México, Vicente Fox. "A ameaça de guerra já vem trazendo conseqüências econômicas negativas para o Brasil, embora estejamos a muitos quilômetros de distância do palco do conflito", disse Singer. "Essas conseqüências podem ser muito perversas para nós", acrescentou o porta-voz, no dia da apresentação do relatório do chefe dos inspetores de armas, o sueco Hans Blix, no Conselho de Segurança da ONU. Singer mencionou como possíveis problemas que o País poderá enfrentar a retração da economia, elevação dos preços dos produtos derivados de petróleo e possível flutuação cambial do dólar. "Os países podem não ter capacidade para evitar uma guerra, mas podem manifestar-se a favor de uma solução pacífica", disse o porta-voz.

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