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Macri cancela compromissos após diagnóstico de arritmia

Presidente da Argentina faria viagens no fim de semana, mas suspendeu agenda; previsão é que ele retome a rotina na segunda-feira

Por Rodrigo Cavalheiro , Correspondente e Buenos Aires
Atualização:

BUENOS AIRES - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, cancelou viagens que faria no fim de semana após passar quatro horas internado em uma clínica na noite de sexta-feira, 3, em razão de uma arritmia. Depois de ter alta, ele foi levado para a residência oficial, a Quinta de Olivos, onde na manhã deste sábado, 4, fez exames complementares. 

Segundo seu porta-voz, Ivan Pavlovsky, o líder argentino teve uma leve alteração no ritmo cardíaco durante a tarde de sexta-feira e decidiu seguir com sua agenda. No início da noite, após uma reunião com quatro jornalistas, voltou a fazer testes, que apontaram a persistência do problema, associado inicialmente a estresse. A previsão é que ele retome a rotina na segunda-feira.

Presidente argentino, Maurício Macri Foto: REUTERS/Enrique Marcarian

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A preocupação com o estado de saúde do presidente minimizou o impacto de um resumo que a Casa Rosada apresentou sobre a situação da administração pública em dezembro, quando Macri assumiu após 12 anos de kirchnerismo. 

Ele havia prometido divulgar um balanço com números que usou em seu discurso de abertura do Congresso, em 1º de março. O governo atual reiterou em 9 capítulos e 223 páginas as denúncias dos últimos meses sobre dívidas milionárias, desrespeito a licitações e indícios de corrupção. Uma novidade no levantamento foi uma acusação de fraude no projeto pra levar atendimento odontológico a todo o país, o "Argentina Sonríe". 

Foram investidos, segundo o governo atual, o equivalente a R$ 20 milhões em 50 ônibus que quase não rodaram. Também na área da saúde, a Casa Rosada detalhou problemas no atendimento a aposentados. Havia 400 mil mortos pelos quais o Estado pagava atenção médica e 7 mil destes supostamente recebiam remédios que logo eram vendidos no mercado negro. 

Para justificar o plano de demissões que aplica desde a posse de Macri, o governo informou que o número de funcionários públicos entre 2003 e 2015 cresceu 64%. Este foi o período em que governaram Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007 - 2015), que até a manhã de sábado não tinha rebatido as acusações.

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