
01 de agosto de 2011 | 00h00
CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES
O prefeito de Buenos Aires, Maurício Macri, de oposição ao governo da presidente Cristina Kirchner, foi reeleito ontem com 64,3% dos votos, segundo indicavam 98,5 % das urnas apuradas . Seu rival, o ex-ministro da Educação e senador Daniel Filmus, candidato do kirchnerismo, obteve 35,7%.
No primeiro turno, no dia 10, Macri, do partido de centro-direita Proposta Republicana (PRO), conseguiu 47,1% dos votos. Filmus, candidato da Frente pela Vitória, uma sublegenda do Partido Justicialista (peronista), obteve 27,8%.
A contabilidade eleitoral indica que Filmus sofreu uma dura derrota, já que a presidente Cristina e seus ministros esperavam levar pelo menos "aceitáveis" 40% dos votos portenhos, mesma proporção do pleito de 2007.
A cidade de Buenos Aires, com 8,6% do total do eleitores, é o terceiro maior colégio eleitoral argentino. No entanto, os analistas destacam que a derrota na eleição de ontem na capital possui um efeito negativo sobre a campanha presidencial de Cristina Kirchner, que em 23 de outubro disputará a reeleição.
Animados, os líderes da oposição argentina afirmam que o resultado de ontem em território portenho, juntamente com a catástrofe eleitoral da província de Santa Fe, há uma semana, onde o kirchnerismo amargou o terceiro lugar, demonstraram que o governo Kirchner "não é invencível".
Uma terceira demonstração da fragilidade do kirchnerismo pode ocorrer no domingo nas eleições para governador em Córdoba, onde o governo não conseguiu nem sequer emplacar um candidato próprio.
Macri desponta das eleições portenhas como nome forte na esfera nacional, capaz de exercer certa influência sobre o eleitorado na escolha de um candidato presidencial de oposição. No entanto, seu partido decidiu não apresentar um nome próprio para a disputa de outubro. Macri ainda não decidiu a qual candidato dos partidos rivais receberá seu valioso respaldo.
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