Macri tenta barrar lei fiscal opositora na Argentina

Presidente rompeu com parlamentares de oposição moderados que o apoiaram no início de seu governo

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BUENOS AIRES - Um projeto de lei que reduz o número de contribuintes que pagam imposto de renda levou o presidente argentino, Mauricio Macri, a romper com parlamentares de oposição moderados que o apoiaram no início de seu governo. 

O principal deles é Sergio Massa, um peronista de viés populista que ficou em terceiro na eleição presidencial de 2015. Macri chamou ontem o aliado de ocasião de “impostor” em entrevista à Rádio Mitre.

Mauricio Macri, presidente da Argentina, na quinta-feira, 28 Foto: Natacha Pisarenko|AP

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Em minoria nas duas Casas, Macri conseguiu passar grandes projetos como o acordo com os chamados fundos abutres graças ao voto de peronistas dissidentes do kirchnerismo, como Massa. 

O presidente disse ontem acreditar que não será necessário tomar a impopular decisão de vetar o projeto. Ele aposta na alteração do texto no Senado. 

O projeto aumenta o piso salarial a partir do qual os trabalhadores são obrigados a pagar o imposto de renda. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira e seguiu para o Senado, surgiu da unificação de diversos planos de grupos de oposição a Macri, que deseja um piso menor, atingindo um universo maior de contribuintes. 

Macri tentará mudar o projeto por meio da influência dos governadores, que têm forte influência sobre o voto dos senadores. Ainda de acordo com o presidente argentino, há governadores indignados com o projeto porque ele afeta “a governabilidade de todos, uma vez que parte do que é arrecadado é distribuído para essas regiões”. / EFE

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