Poucas horas antes do ataque de EUA, Grã-Bretanha e França contra a Síria, Emmanuel Macron e Vladimir Putin discutiram, por telefone, o uso de armas químicas feito supostamente pelo governo de Assad contra reduto de rebeldes, em Duma. Esta foi a primeira conversa entre um líder do ocidente com o presidente russo desde o ocorrido.
Segundo documento da presidência da Rússia, Putin "ressaltou a necessidade de uma investigação completa e objetiva e observou que seria apropriado evitar lançar acusações infundadas a qualquer pessoa até o final da investigação". O presidente também teria destacado a importância de evitar ações violentas que fossem contra a carta de princípios da ONU, o que levaria a "consequências imprevisíveis". Macron ainda fez apelo para aumentar o diálogo sobre a Síria.
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Os dois líderes teriam instruído seus ministros da Defesa a trabalharem para evitar a escalada de tensão na Síria e mostraram satisfeitos com o envio de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas ao país.
Ataque à Síria. Na quinta-feira, 12, o presidente da França havia afirmado que dispunha de provas de que foram usadas armas químicas no ataque ao enclave opositor de Duma pelo regime de Bashar Assad, reiterando sua intenção de atacar o país. A conversa com Putin, entretanto, despertou questionamentos sobre o apoio do mandatário francês à ação de Donald Trump, que foi mantida mesmo após o diálogo com o russo.