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Macron conversou com Putin antes do ataque

Segundo relato do Kremlin, líderes instruíram ministros da Defesa a trabalhar para evitar a escalada de tensão na Síria

Atualização:
Putin e Macron (D) Foto: REUTERS/Philippe Wojazer

Poucas horas antes do ataque de EUA, Grã-Bretanha e França contra a Síria, Emmanuel Macron e Vladimir Putin discutiram, por telefone, o uso de armas químicas feito supostamente pelo governo de Assad contra reduto de rebeldes, em Duma. Esta foi a primeira conversa entre um líder do ocidente com o presidente russo desde o ocorrido.

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Segundo documento da presidência da Rússia, Putin "ressaltou a necessidade de uma investigação completa e objetiva e observou que seria apropriado evitar lançar acusações infundadas a qualquer pessoa até o final da investigação". O presidente também teria destacado a importância de evitar ações violentas que fossem contra a carta de princípios da ONU, o que levaria a "consequências imprevisíveis". Macron ainda fez apelo para aumentar o diálogo sobre a Síria.

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Os dois líderes teriam instruído seus ministros da Defesa a trabalharem  para evitar a escalada de tensão na Síria e mostraram satisfeitos com o envio de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas ao país.

Crianças recebem oxigênio através de inaladores após ataques na cidade de Douma, na Síria, que era controlada por rebeldes opositores do governo de Bashar Al-Assad; entidades acusam forças governistas de usar gás venenoso Foto: AP/Syrian Civil Defense White Helmets

Ataque à Síria. Na quinta-feira, 12, o presidente da França havia afirmado que dispunha de provas de que foram usadas armas químicas no ataque ao enclave opositor de Duma pelo regime de Bashar Assad, reiterando sua intenção de atacar o país. A conversa com Putin, entretanto, despertou questionamentos sobre o apoio do mandatário francês à ação de Donald Trump, que foi mantida mesmo após o diálogo com o russo. 

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Presidente francês e membros de sua equipe monitoram ação na Síria Foto: Presidência da França/Twitter
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