PARIS - Os líderes dos EUA, França, Alemanha e Reino Unido disseram nesta quinta-feira, 15, que estão unidos ao responsabilizar a Rússia pelo envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal. Em um comunicado conjunto, os respectivos líderes Donald Trump, Emmanuel Macron, Angela Merkel e Theresa May afirmaram que "não há explicação alternativa plausível" para a responsabilidade de Moscou no ataque do dia 4 de março.
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Eles argumentam que a falha da Rússia em responder aos "pedidos legítimos" de Londres por uma explicação "destacam ainda mais a sua responsabilidade". Os líderes defendem que o uso de arma química é "um ataque à soberania do Reino Unido" e "uma violação da lei internacional".
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Mais cedo, Macron afirmou que anunciará "nos próximos dias" as medidas que pretende tomar com relação ao caso do ex-agente duplo. "Anunciarei nos próximos dias as medidas que vamos tomar", declarou Macron à imprensa local. Ele voltou a condenar o ataque "nos mais duros termos", um ato o qual "tudo leva a crer que a responsabilidade seja da Rússia".
De acordo com um comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, Macron considera que "não há outra explicação possível" para o recente episódio. "Desde o início da semana, o Reino Unido manteve a França informada sobre as provas coletadas pelos investigadores britânicos e os elementos que demonstram a responsabilidade da Rússia no ataque. A França compartilha a opinião do Reino Unido de que não há outra explicação possível e expressa sua solidariedade a seu aliado.”
Macron e May "concordam na importância da unidade europeia e transatlântica na resposta a este ato" e "continuarão em contato estreito nos próximos dias", afirmou a Presidência francesa.
Na quarta-feira, May anunciou uma série de sanções contra a Rússia, entre elas a expulsão de 23 diplomatas russos e a interrupção dos contatos bilaterais, considerando Moscou "culpado" pelo envenenamento de Skripal, de 66 anos, e de sua filha Yulia, de 33 anos. Os dois estão internados em estado grave. / AFP e REUTERS