Macron debuta no cenário internacional com Trump, UE e OTAN

Presidente da França fala inglês fluentemente e conhece todos os mecanismos de reuniões internacionais

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BRUXELAS -O presidente francês Emmanuel Mácron dará seus primeiros passos entre o seleto grupo das grandes potências mundiais nesta quinta-feira, 25, em Bruxelas, onde almoçará com Donald Trump antes de ter uma reunião da OTAN. Apesar disso, Macron já conhece de perto esse ambiente.

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"O que Macron vive atualmente como presidente, já viveu como conselheiro econômico do presidente Hollande há cinco anos", disse Gaspard Gantzer, ex-porta-voz do presidente. François Hollande "Ele era seu principal assessor em todos os assuntos econômicos como a preparação para as reuniões europeias, do G8 e do G20, o que lhe permitiu estabelecer vínculos com a chanceler alemã Angela Merkel e seus conselheiros e cruzar-se com Vladimir Putin", recordou Gantzer. 

Segundo outro ex-funcionário do governo Hollande, em questões financeiras e econômicas, o novo líder francês é "onipresente e onipotente". Além disso, ele tem um passado no mercado financeiro e foi nomeado ministro de Economia, cargo exercido durante dois anos, até meados de 2016, antes de lançar-se na campanha presidencial que lhe permitiu conquistar o Palácio do Eliseo e suceder seu mentor. 

Emmanuel Macron acumulou experiência em eventos internacionais quando foi ministro da Economia do ex-presidente francês François Hollande Foto: REUTERS/Françoi Mori/Pool

O novo presidente, que defende uma "França forte" em uma "Europa que proteja", conhece todos os mecanismos das reuniões europeias e internacionais e fala inglês fluentemente. Ele é um defensor do projeto europeu e declarou sua intenção de "refundar" a UE, voltando a dar dinamismo à maneira franco-alemã e instaurando maior governança na Zona do Euro. 

Internacional. Macron deverá ter vários encontros em que tentarão medir suas forças. As conversas em seu almoço com Donald Trump prometem ser "muito diretas", em palavras do círculo mais próximo do presidente francês, que durante a reunião tentará convencer seu homólogo norte-americano a não ignorar o Acordo de Paris sobre o clima.

Ele vai encontrar também o primeiro ministro belga, Charles Michel, o líder turco Recep Tayyip Erdogan e o mandatário da Polônia, Andrzej Duda. Na sexta, 26, voará para a Itália, para a reunião do G7 que ocorre em Taormina e na segunda, 29, receberá o presidente russo Vladimir Putin, uma prova de fogo antes da reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha, no início de julho. / AFP