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Madri convoca embaixador venezuelano para esclarecimentos após declarações de Maduro

Presidente venezuelano afirmou que a Espanha possui presos políticos ao se referir à prisão de líderes catalães

Atualização:

MADRI - O Mistério das Relações Exteriores da Espanha convocou nesta quarta-feira, 18, o embaixador da Venezuela em Madri, Mario Isea, para explicar o que chamou de "inaceitáveis declarações" feitas pelo presidente Nicolás Maduro. Na terça, o presidente venezuelano afirmou que a Espanha mantém presos políticos no país, se referindo aos líderes catalães detidos acusados pelo governo central espanhol de, no mês passado, confinar policiais nacionais dentro de um edifício em Barcelona e, em seguida, destruir seus veículos.

Parlamentares protestam contra prisão doslíderes independentistas catalães Jordi Sanchez e Jordi Cuixart durante sessão no Parlamento espanhol, em Madri. Foto: AP Photo/Francisco Seco

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"A Espanha não tem moral" para se referir à Venezuela depois de "reprimir o povo da Catalunha, encarcerando um dos líderes da sociedade civil da província espanhola, entre outros presos políticos", declarou Maduro. "Então, quando perguntarem algo sobre a América Latina ao (Mariano) Rajoy, como ele vai saber onde fica a Venezuela se não sabe nem onde fica a Catalunha?", ironizou o líder latino-americano sobre o primeiro-ministro espanhol.

+Catalães protestam contra prisão de líderes independentistas

Diretor-geral do ministério espanhol, Antonio Pérez-Hernández disse que o governo "condena em absoluto" as declarações de Maduro. Afirmou também que a Espanha "confia que esse tipo de declaração e atitude - reiterada por parte das autoridades venezuelanas - cessem, para que seja possível uma relação de respeito com a Venezuela".

Essa é a oitava ocasião desde dezembro de 2014 que o Ministério das Relações Exteriores da Espanha convoca o embaixador venezuelano no país. Na última, em julho deste ano, o motivo foi exigir que o governo de Maduro colocasse um fim à violência na Venezuela e promovesse um acordo com a oposição. /EFE

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