Maduro avalia se comparecerá à Assembleia da ONU por temer por sua segurança

Presidente venezuelano afirmou que há um plano para matá-lo - mas não especificou quem seriam os autores - e por isso estuda se há viabilidade para participar do encontro anual da organização

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Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira que está avaliando se vai comparecer ou não à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima semana em Nova York, citando temores de segurança.

“Vocês sabem que eles me têm na mira para me matar... quero ir a Nova York, mas tenho que cuidar da minha segurança”, disse Maduro em entrevista, sem especificar quem poderia visá-lo. 

Maduro afirma que ex-militares conspiram para derrubar seu governo com ajuda dos EUA Foto: AP Photo/Ariana Cubillos

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Momentos antes, Maduro disse que ex-militares venezuelanos estão conspirando para derrubar seu governo com a ajuda dos Estados Unidos.

Em agosto, dois drones explodiram durante um evento ao ar livre em Caracas no qual Maduro fazia um discurso, ferindo sete pessoas e provocando a prisão de mais de uma dúzia de suspeitos, entre eles várias autoridades militares. Maduro descreveu o incidente como uma tentativa de assassinato.

No dia 8 de setembro o jornal New York Times noticiou que autoridades dos EUA se encontraram com militares venezuelanos rebeldes, o que levou Maduro a acusar o governo do presidente americano, Donald Trump, de planejar uma intervenção e apoiar um golpe.

Na ocasião, o Conselho Nacional de Segurança dos EUA respondeu que a diretriz preferencial do país é por “um retorno pacífico e ordeiro da democracia à Venezuela”.

A economia venezuelana vem desmoronando - a inflação para 2018 deve chegar a 1.000.000% segundo o FMI e alimentos e remédios básicos são cada vez mais difíceis de obter.

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A 73ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, à qual Maduro não comparece desde 2015 - no ano seguinte foi representado pela então chanceler, Delcy Rodríguez, e no ano passado pelo sucessor dela, Jorge Arreaza -, começou na terça-feira. 

Os debates na Assembleia Geral da ONU ocorrerão de 25 de setembro a 1º de outubro. / REUTERS e AFP

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