
06 de outubro de 2016 | 20h05
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou ontem o presidente argentino, Mauricio Macri, a quem chamou de “sicário político da oligarquia e do imperialismo”. O líder bolivariano acusou Macri de querer acabar com a economia e o povo argentino.
“Macri não se importa com o povo, pois depois lhe garantem sua aposentadoria gloriosa por ter entregue a economia”, disse Maduro em rede nacional de rádio e TV durante um ato com as Forças Armadas no Estado da Portuguesa, centro-oeste do país.
O líder venezuelano também chamou Macri de “cadavérico”, “fracassado”, “marionete do imperialismo” e “modinha da oligarquia”, após alegar que desde que ele chegou à presidência, a pobreza na Argentina aumentou. “Depois que assumiu o governo aí está o presidente Macri, desmantelando a economia da Argentina, entregando-a a transnacionais, destruindo a base da economia social. Na Argentina aumentou o número de pobres como nunca tinha crescido nos últimos 20 anos”, disse.
“Encheu a Argentina de pobreza, de desemprego, de necessidade, de miséria e de desesperança”, disse Maduro, cujo país enfrenta escassez de alimentos e uma inflação de 481% ao ano, segundo o FMI.
Maduro afirmou ainda que na América Latina foram impostos vários capangas políticos, e na Venezuela tentaram emplacar Pedro Carmona durante o golpe de Estado fracassado de 2002. Eles também criticou o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Henry Ramos Allup.
Macri é um dos chefes de Estado que em diversas oportunidades manifestaram seu desacordo com o que ocorre na Venezuela em matéria de direitos humanos, assim como seu apoio a ao referendo revogatório. /EFE
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