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Maduro declara apoio ao democrata Bernie Sanders nas eleições dos EUA

Presidente da Venezuela disse que se o voto fosse ‘livre’, Sanders ganharia a votação. Chavista criticou o sistema de colégio eleitoral americano e afirmou que este não representa o sentimento popular

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite de terça-feira que apoia Bernie Sanders na corrida presidencial dos Estados Unidos, acrescentando que o candidato democrata, que se descreve como um socialista, venceria se o voto fosse "livre".

Maduro, um socialista que vê a si mesmo como o herdeiro político de seu antecessor, Hugo Chávez, repudia com frequência os Estados Unidos, aos quais atribui a culpa pela crise econômica da Venezuela, e acusa Washington de tentar derrubá-lo.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Foto: AFP PHOTO / JUAN BARRETO

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"Bernie Sanders, nosso amigo revolucionário, deveria vencer nos Estados Unidos", afirmou Maduro durante uma transmissão televisiva de horas de duração. "Se as eleições fossem livres, Bernie Sanders seria presidente dos Estados Unidos", disse, criticando o sistema de colégio eleitoral americano, que, segundo ele, não representa o sentimento popular.

Sanders, senador por Vermont, está muito atrás da ex-secretária de Estado Hillary Clinton na disputa pela indicação democrata para a eleição de 8 de novembro. Em um e-mail de setembro a seus apoiadores, Sanders classificou Chávez como uma "falecido ditador comunista".

A Venezuela está mergulhada em uma crise econômica brutal que vem causando escassez de alimentos e remédios e aprofundando a inflação, que corrói o poder de compra.

Os EUA e o país sul-americano vivem relações difíceis desde que Chávez se tornou presidente em 1999, e os países não trocam embaixadores desde 2010.

Maduro recebeu um golpe duro na terça-feira, quando o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu uma reunião urgente para discutir se a Venezuela está violando princípios democráticos básicos, o que abre caminho para uma votação que pode suspender a nação petroleira do organismo diplomático regional.

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O chavista também está sendo pressionado pela oposição venezuelana, que pede um referendo revogatório para tirá-lo do cargo ainda neste ano, embora as autoridades tenham dito que tal votação não acontecerá. /Reuters

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