12 de dezembro de 2016 | 08h12
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sancionou no domingo um decreto de emergência econômica, ordenando a retirada de circulação no país da cédula de maior valor (100 bolívares), em até 72 horas. Segundo ele, o objetivo é acabar com supostas "máfias" que armazenam milhões dessas notas na Colômbia.
"No uso das minhas faculdades constitucionais e por meio desse decreto de emergência econômica, decidi tirar de circulação os bilhetes de 100 bolívares nas próximas 72 horas", informou Maduro em seu programa de televisão.
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O chavista explicou que decidiu adotar a medida após as autoridades venezuelanas concluírem uma investigação que descobriu milhões de bolívares em notas de 100 "em poder de máfias internacionais dirigidas da Colômbia".
Em meio à grave crise econômica e aos altos índices de inflação, a medida surge antes que comecem a circular no país novas cédulas e moedas com um valor que multiplica em até 200 o bilhete mais caro existente hoje. O governo espera que isso aconteça a partir de quinta-feira, com novas moedas de 50 e de 100 e bilhetes de 500 bolívares, para que, mais adiante, continuem chegando ao país os de 1.000, 2.000, 5.000, 10.000 e 20.000.
Atualmente, existem na Venezuela notas de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 bolívares. A nota de 100 permite comprar apenas uma bala. Para comprar um hambúrguer, é preciso 50 notas dessas. / AFP
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