CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quinta-feira que pediu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que declare "inconstitucional" a chamada Lei de Anistia e Reconciliação Nacional, aprovada recentemente pela maioria opositora do Parlamento.
"Dado que a considero uma lei para a guerra, para o ódio, dado que a considero um autoperdão dos golpistas onde confessam seus crimes durante 17 anos, eu decidi hoje mesmo, e peço que vocês acompanhem essa mobilização, enviar este documento pedindo à Sala Constitucional que declare inconstitucional a Lei de Anistia Criminal", disse Maduro.
O presidente venezuelano fez o anúncio em cadeia obrigatória de rádio e televisão durante um ato público com dezenas de correligionários no palácio presidencial de Miraflores.
Maduro assegurou que o chavismo já recolheu mais de dois milhões de assinaturas para que o Executivo se negue a referendar a norma que beneficiaria presos políticos como o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, e o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma.
"Eu os convoco para que continuemos criando consciência e para coletar pelo menos 10 milhões de assinaturas da consciência nacional", finalizou. /EFE