
29 de julho de 2015 | 16h07
CARACAS - A oposição venezuelana criticou nesta quinta-feira, 29, o presidente Nicolás Maduro, que, no dia anterior, descartou a participação de monitores nas eleições legislativas de dezembro. Após participar de reunião sobre o impasse territorial com a Guiana na ONU, Maduro disse que "ninguém monitorará a Venezuela".
"Não nos surpreende porque pedimos uma observação técnica autônoma do Executivo", disse o porta-voz da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) Vicente Bello. "Fizemos isso para obter testemunhas das violações à lei eleitoral."
Questionado se permitiria a participação de observadores internacionais, como a ONU, o presidente venezuelano contrariou o histórico recente de eleições no país, monitoradas por entidades como o Centro Carter e a União de Nações sul-americanas (Unasul). "Não aceitaremos nunca ( o monitoramento). Jamais.", afirmou.
A oposição venezuelana pediu na terça-feira, por intermédio do governador de Miranda, Henrique Capriles, que a Organização dos Estados Americanos (OEA) - cuja relação nos últimos anos com o chavismo é tensa - monitore a votação.
Maduro não deixou claro se pretende impor a proibição apenas à OEA ou a qualquer organização de monitoramento eleitoral, nem se ela será total ou parcial. O Brasil e outros países sul-americanos defendem que a Unasul seja fiadora do processo eleitoral venezuelano. / EFE
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