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Maduro recomenda mistura de ervas com mel e limão para combater coronavírus

Presidente da Venezuela compartilhou supostos estudos realizados no país que apresentavam antídoto natural para o covid-19; Twitter apagou a mensagem do presidente por considerar conteúdo enganoso

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recomendou ao povo venezuelano um suposto antídoto para o coronavírus. Nesta quarta-feira, 25, o líder chavista usou sua conta no Twitter para indicar uma mistura de ervas como uma forma eficaz no combate ao vírus. A rede social apagou o a mensagem momentos após a publicação.

No texto, Maduro disse ter recebido alguns artigos "do renomado cientista venezuelano Sirio Quintero" sobre o covid-19 e compartilhou três documentos com os tais estudos desenvolvidos no país. Um dos documentos apresentava como antídoto uma mistura contendo capim-santo, gengibre, sabugueiro, pimenta do reino, limão e mel de abelha.

O tweet de Nicolás Maduro, apagado pela rede social. Foto: Reprodução/ Twitter

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Logo após a publicação, a rede social apagou a mensagem do presidente. O Twitter adotou novas regras frente a pandemia de coronavírus, prevendo cláusulas sobre disseminação de conteúdos enganosos sobre o Covid-19. Autoridades políticas brasileiras, como o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tiveram conteúdos removidos pela rede por infringir a mesma normativa.

O avanço do coronavírus na Venezuela tem preocupado autoridades locais e órgãos mundiais. No começo da semana, o país havia confirmado 70 casos da doença em duas semanas, um número baixo, mas que desperta o medo nos médicos, para quem o governo do presidente Nicolás Maduro estaria despreparado para lidar com uma pandemia.

Segundo pesquisa feita entre novembro de 2018 e setembro de 2019, em 104 hospitais de 22 Estados venezuelanos, no ano passado, ao menos 70% dos hospitais tiveram fornecimento de água apenas uma ou duas vezes por semana e 63% reportaram falta de energia elétrica, sendo que 164 mortes foram atribuídas a esses problemas.

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