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Maduro reduz racionamento de energia em todo o país, menos na capital

Medida vida atenuar o baixo nível dos principais açudes para a geração de energia hidrelétrica

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira a redução do racionamento de energia em todo território venezuelano, com exceção de Caracas, como uma das medidas para atenuar o baixo nível dos principais açudes para a geração de energia hidrelétrica.

Maduro disse ter "salvado El Guri", a principal represa do país, ao implementar medidas como o plano de administração de carga elétrica, redução da jornada de trabalho de alguns funcionários públicos para apenas dois dias por semana, decretar as sextas-feiras como feriado estudantil e mudar o fuso horário.

Mulher trabalha em padaria em San Cristobal durante corte de energia elétrica Foto: AFP

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O presidente indicou que a Venezuela é o país sul-americano com maior demanda de elétrica residencial e anunciou "a troca de aparelhos de alto consumo" por outros de baixo consumo. Com a medida, estima-se uma economia de 2 mil a 3 mil megawatts.

"Vou fazer o investimento completo para que possamos trocá-lo rapidamente (...). Espero o quanto antes poder suspender as medidas de administração de carga", ressaltou Maduro, ao mesmo tempo em que pediu a "máxima consciência" aos venezuelanos.

Segundo o chavista, com a mudança de lâmpadas de alto consumo por modelos econômicos nos últimos anos foram economizados 2 mil megawatts.

Durante uma transmissão obrigatória de rádio e televisão, Maduro felicitou o ministro da Energia Elétrica, Luís Motta Domínguez, que detalhou que o racionamento passará de três para quatro horas diárias e se limitará, após as queixas de muitos usuários, a um horário entre 7h e 22h. O novo horário de administração de cargas será divulgado na imprensa nacional durante o próximo fim de semana, disse Motta.

O também presidente da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) indicou que as medidas descritas por Maduro e implementadas progressivamente desde o início do ano contribuíram com uma economia de 2,4 mil megawatts.

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Além disso, Motta denunciou uma suposta sabotagem ao sistema elétrico no Estado de Zulia, no oeste do país, onde 10 pessoas teriam sido detidas. "Antipatrióticos destamparam o tanque de óleo (...) derramando 13 mil litros", publicou mais cedo em sua conta no Twitter. /EFE

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