Maduro troca de ministro de Economia e presidente do Banco Central

Presidente bolivariano escolheu Simón Zerpa, um dos 13 funcionários chavistas sancionados em 26 de julho pelo governo dos Estados Unidos, para comandar a economia do país; BCV e PDVSA também sofrem alterações em suas direções

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou o novo ministro da Economia e o novo presidente do Banco Central da Venezuela (BCV), em meio à crise econômica que o país petroleiro atravessa.

PDVSA paga dívida de US$ 842 milhões e evita default

Maduro escolheu Simón Zerpa, diretor de Finanças da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), ministro "em condição de encarregado" de Economia e Finanças, segundo um decreto divulgado na noite de sexta-feira, 27. 

Simón Zerpa (D) é homenageado por Maduro com uma réplica da espada de Simón Bolívar um dia depois de ser sancionado pelo governo dos EUA, em julho Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

PUBLICIDADE

Zerpa é um dos 13 funcionários do governo de Maduro sancionados em 26 de julho pelo governo dos Estados Unidos, acusados de "minar a democracia", ou participar de atos de violência e corrupção. 

Os funcionários sancionados por Washington não podem ter relações comerciais com cidadãos americanos, e os eventuais ativos ou bens que possuam nos Estados Unidos foram congelados. 

Não se sabe se Zerpa vai manter o cargo da PDVSA. Ele substitui Ramón Lobo, ex-deputado que ocupava a pasta da Economia desde janeiro deste ano, e, agora, foi designado por Maduro presidente do BCV. 

A nomeação de Lobo à frente do BCV foi aprovada na quinta-feira pela Assembleia Constituinte, integrada exclusivamente por chavistas, já que não é reconhecida pela oposição. 

Publicidade

Lobo, por sua vez, substitui Ricardo Sanguino no BCV, um ex-deputado que ocupava este cargo desde janeiro. 

O deputado opositor José Guerra disse que a nomeação de Lobo viola a Constituição, pois o Parlamento - de maioria opositora - deveria indicá-lo. Contudo, o tribunal máximo declarou em desacato ao Legislativo e considera todas suas decisões nulas. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.