Maduro une bancos e fundos estatais para 'simplificar' economia

Presidente venezuelano anuncia criação de instituições financeiras públicas que cuidarão de cinco áreas econômicas

PUBLICIDADE

Por CARACAS
Atualização:
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Foto: Miraflores Palace/Reuters

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na noite da terça-feira a fusão de bancos e fundos públicos para a criação de instituições bancárias que terão o objetivo de "simplificar" a organização financeira estatal da Venezuela. Os novos bancos cuidarão de cinco áreas: agroindústria, infraestrutura, fomento público e desenvolvimento econômico e comunitário.

PUBLICIDADE

"Vamos fazer uma revolução no campo da economia que deve começar nos bancos e sistemas financeiros do Estado", declarou o presidente venezuelano em seu programa de rádio e televisão semanal, Em contato com Maduro.

De acordo com a Agência Venezuelana de Notícias, estatal, o futuro Grande Banco de Desenvolvimento Comunal da Venezuela surgirá da fusão do Banco do Povo, do Banco da Mulher, do Fundo Nacional dos Conselhos Comunais e do Fundo de Desenvolvimento Microfinanceiro.

O ex-chanceler venezuelano Elías Jaua, que deixou o Ministério das Relações Exteriores para comandar a vice-presidência do socialismo territorial, foi incumbido de pôr em prática as fusões do Grande Banco de Desenvolvimento Comunal.

Maduro afirmou que a futura instituição financeira terá sucursais em toda a Venezuela. "Vamos desenvolver um novo modelo econômico, um novo modelo social", disse Maduro, afirmando que convidará os bancos privados a somar-se à "revolução bancária" do setor estatal. "Vamos dar um passo para fundir e simplificar instituições (financeiras) que já temos", afirmou o presidente. Maduro também anunciou a criação de empresas estatais de cunho social que pertencerão às comunas venezuelanas.

Por meio do controle que exerce sobre vários bancos, o governo venezuelano consegue manobrar uma importante porção do mercado financeiro da Venezuela.

/ AP e EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.